Gamboavista5 :: EncerramentoNo último final de semana, encerramos a quinta edição do GAMBOAVISTA, um festival realizado com muito amor e suor. Conheça quem são as pessoas por trás deste projeto tão importante para nossa cultura. SALVE GAMBOA! EVOÉ!
Publicado por Galpão Gamboa em Sábado, 25 de junho de 2016
Espetáculos
IRMÃOS DE SANGUE
A fraternidade e as memórias são os temas que conduzem o espetáculo Irmãos de sangue, uma criação da companhia franco-brasileira Dos à Deux. Com dramaturgia, direção, coreografia e cenário de André Curti e Artur Luanda Ribeiro, a peça retoma o tema da família que esteve presente nos dois trabalhos anteriores: Saudade em terras d’água e Fragmentos do desejo. Em cena, André Curti e Artur Luanda Ribeiro conduzem uma coreografia gestual precisa ao lado dos atores Raquel Iantas e Daniel Leuback.
Em uma atmosfera onírica, a peça investiga os laços fraternos e os conflitos que marcam a convivência familiar. A história se passa no centro das relações entre três irmãos e sua mãe, alternando momentos entre o passado e o presente. Irmãos de Sangue é uma travessia pela vida, um movimento permanente desses quatro seres, em descoberta da existência.
Dramaturgia, cenário, coreografia e direção André Curti e Artur Luanda Ribeiro Com Raquel Iantas, Daniel Leuback André Curti e Artur Luanda Ribeiro Música original Fernando Mota Violino Fran Lasuen Figurinos e marionetes Natacha Belova Acessórios, peruca e objetos Maria Adélia e Marta Rossi com assistência de Morgan Olivier e Camila Moraes Iluminação Artur Luanda Ribeiro e Bertrand Perez Construção do cenário Demis Boussu e Jessé Natan Direção técnica de turnê e Técnico de luz Hugo Mercier Produção executiva Neila de Lucena Teaser¬Vídeo Jean Luc Daniel Direção de produção NathalieRedant (França) e ¬ Sérgio Saboya (Brasil) Equipe de produção Alex Nunes
E esse foi apenas o começo da 5ª edição do GAMBOAVISTA! Uma edição caprichada, com uma programação extensa, que vai...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 7 de março de 2016
O PENA CARIOCA
A premiada Cia Atores de Laura, com direção de Daniel Herz, após duas temporadas de sucesso do espetáculo O Pena Carioca, volta a se apresentar no Rio de Janeiro. A montagem reúne três peças de Martins Pena, fundador da comédia de costumes brasileira: A trama "A família e a festa na roça" gira em torno de uma moça que quer se casar com o médico que retorna à cidade, enquanto sua família insiste em uma união arranjada; "O caixeiro da taverna" acompanha a trajetória de um caixeiro ambicioso cujo maior sonho é se tornar sócio da loja onde trabalha – sem escrúpulos, esconde que é casado para a dona, que morre de amores por ele. Em "O Judas no sábado de aleluia", o protagonista se esconde na figura de um boneco de Judas e testemunha conversas entre vários personagens, inclusive a de sua pretendente, que não é quem ele pensa ser.
Por Daniel Herz
Da obra de Martins Pena Direção e concepção Daniel Herz Com Ana Paula Secco, Anderson Mello, Gabriela Rosas, Leandro Castilho, Luiz André Alvim, Marcio Fonseca e Paulo Hamilton Iluminação Aurélio de Simoni Cenário Fernando Mello da Costa Figurino Antônio Guedes Visagismo Diego Nardes Trilha sonora original Leandro Castilho Direção de Movimento Duda Maia Consultoria Psicanalítica Evelyn Disitzer Assistente de Direção Tiago Herz Direção de Produção Renata Campos Direção Artística da Cia Atores de Laura Daniel Herz Realização Cia Atores de Laura
No segundo final de semana do GAMBOAVISTA, tivemos a participação especialíssima da Cia Atores de Laura, parceiros de...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 14 de março de 2016
SIMONE MAZZER + PARTICIPAÇÃO DE ALICE CAYMMI
Nesse show, Simone Mazzer prepara um repertório especial para a data com um setlist que combina músicas do seu mais que elogiado show do álbum de estreia "Férias em Videotape", como "Tango do Mal" e "Hypper-ballad", com músicas do show anterior "Cabaré Batom", e outras novidades. Nesta noite, tem como convidada a cantora Alice Caymmi, com quem divide o palco para uma participação que promete ótimas surpresas. A banda, formada por Marco Antonio Scolari (teclado e direção musical), André Berdurê (baixo), Eduardo Rorato (bateria) e Ricco Vianna (guitarra), imprime ao show uma sonoridade própria para acompanhar Mazzer em toda sua potência vocal, na escolha de um repertório com um show dançante do inicio ao fim.
Voz Simone Mazzer Piano e Direção Musical Marco Antonio Scolari Guitarra Ricco Viana Baixo Andre Bedurê Bateria Eduardo Rorato Participação Especial Alice Caymmi Técnico de som Rafaela Prestes Iluminação Aureilio Oliosi Produção Carla Yared
E esse foi apenas o começo da 5ª edição do GAMBOAVISTA! Uma edição caprichada, com uma programação extensa, que vai...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 7 de março de 2016
BEIJA-ME COMO NOS LIVROS
O modo de amar predominante na contemporaneidade é o amor romântico. Embora uma nova transformação esteja em curso, é ainda o romantismo a mola mestra na maioria dos livros, filmes, músicas, novelas, e também em nossas vidas. Beija-me como nos livros procura abordar o processo histórico de construção do amor romântico, desde o século XII – o surgimento do amor cortês, praticado pelos cavaleiros e damas da corte – até o século XIX. Para evidenciar o quanto seguimos repetindo padrões pré-estabelecidos, a peça aborda 4 períodos históricos através dos 4 mitos amorosos: “Tristão e Isolda”, simbolizando o período medieval inglês, “Romeu e Julieta”, o renascimento italiano, “Don Juan”, o iluminismo francês, e “Werther”, o romantismo alemão. Por ser encenado em “gromelô”, língua teatral própria do espetáculo, o elenco usa o corpo como elemento fundamental de comunicação e explora as linguagens da dança e do cinema mudo para se comunicar com o público.
Direção e Dramaturgia Ivan Sugahara Com Ângela Câmara, Claudia Mele, José Karini e Julio Adrião Assistência de Direção Lívia Paiva Direção de Movimento e Preparação Corporal Duda Maia Direção Vocal/Pesquisa Fonética Ricardo Góes Dramaturgia Juliana Pamplona Criação Dramatúrgica Ângela Câmara, Claudia Mele, Ivan Sugahara, José Karini, Julio Adrião e Lívia Paiva Poema Márcia Zanelatto Cenário André Sanches Iluminação Renato Machado Figurino Bruno Perlatto Trilha Sonora Ivan Sugahara Desenho de Som Luciano Siqueira Direção de Palco Wallace Lima e Tarso Gentil Fotografia Dalton Valério Coordenação de Produção Tárik Puggina Direção de Produção Carla Torrez Azevedo Produção Executiva Marcela Büll Administração Financeira Amanda Cezarina
Realização Os Dezequilibrados e Nevaxca Produções
Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Quarta, 23 de março de 2016
ABAJUR LILÁS
Violento e polêmico, o espetáculo fez parte da comemoração dos 80 anos do autor, se tornando sucesso de público e crítica. A peça apresenta uma conjugação equilibrada de qualidades na dialogação, na elaboração da trama, no desenho dos caracteres, na estrutura da ação. Obra poderosa, concebida como um crescendo de violência desfechado em lances implacáveis, Abajur Lilás se destaca como realização particularmente bem-acabada na dramaturgia brasileira. O texto foi construído dentro do realismo que se transformou, ao longo dos anos, em marca registrada do autor. As personagens se tornam tanto mais ferozes quanto mais inevitável fica a constatação do desespero de sua visão. Mais do que qualquer outra peça de Plínio, emana de Abajur Lilás uma carga irresistível de emoção. O embate entre as prostitutas, o homossexual cafetão e seu guarda-costas começa na ironia e assume proporções avassaladoras que incluem a tortura e o assassinato. As personagens agem compulsivamente e a obsessão de sobrevivência ou desafio que as anima confere-lhes a estatura de mitos. Mitos modernos, esquálidos, asquerosos. E da obra toda emana igualmente um canto de piedade e amor de Plínio pelos deserdados, “marginalizados, espezinhados.
Texto Plínio Marcos Direção Renato Carrera Elenco Andreza Bittencourt, Laura Nielsen, Lara Cunha, Higor Campagnaro e Eber Inácio Iluminação Renato Machado Cenário André Sanches Assistente de cenografia Débora Cancio Direção musical Alexandre Elias Figurino Flavio Souza Preparação Corporal Felipe Koury Idealização Andreza Bittencourt e Renato Carrera Produção e Realização Conexão Center e Consultoria e Vil Cia
I.N.E.S.Q.U.E.C.Í.V.E.L o sábado na Gamboa! Para assistir ao espetáculo "Abajur Lilás" tinha gente sentada no colo ; ) A...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 28 de março de 2016
SILVIA MACHETE EM SUA FESTA SHOW
Uma festa show, uma noite dançante repleta de sucessos bombásticos. Assim será o show que Silvia Machete preparou para comemorar seu aniversário, dia 26 de Março, no Espaço Gamboa. O repertório, montado especialmente para não deixar a peteca, o bambolê e o que quer que seja cair, reúne sucessos nacionais e internacionais, com ênfase nos hits de 1976. De Celly Capello a Donna Summer, vale tudo. Silvia conta com a participação de um certo Armando Palmeira e a noite ainda terá DJ e muitas surpresas. Vinda da festejada temporada teatral de Mondo Machete e da turnê de "Souvenir", Silvia Machete tem mesmo muito o que comemorar. A banda que acompanha Silvia nesse show de aniversário é formada por Fabiano Krieger (Guitarra e Direção Musical), Danilo Andrade (Teclados), Thiago Di Sabbato (Baixo) e João Di Sabbato (Bateria).
Músicos Danilo Andrade, Fabiano Krieger, João Di Sabbato e Thiago Di Sabbato Direção Musical Fabiano Krieger Iluminação Cesar de Ramires Sonorização Fabiano França Roadie Thiago Braga Assessoria de Imprensa Belinha Almendra / Coringa Comunicação Foto Léo Aversa Assistente de Produção Ana Sol Produção Isabela Alves e Jonas Klabin
I.N.E.S.Q.U.E.C.Í.V.E.L o sábado na Gamboa! Para assistir ao espetáculo "Abajur Lilás" tinha gente sentada no colo ; ) A...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 28 de março de 2016
AUTOBIOGRAFIA AUTORIZADA
Lendo as anotações que fiz num cadernão no período de 1982 a 1992, cheguei à conclusão que estava me preparando para revelar as extraordinárias condições que me levaram a sobreviver e a contar como isso aconteceu.
Minha fixação na infância e adolescência, passada num lugar encantado, inóspito e poético, talvez mereça ser compartilhada, no intuito de provocar emoção, riso, entretenimento e entendimento.
Por Paulo Betti
Texto e Interpretação Paulo Betti Direção Paulo Betti e Rafael Ponzi Cenário Mana Bernardes Figurino Leticia Ponzi Iluminação Dani Sanchez e Luiz Paulo Neném Direção de Movimento Miriam Weitzman Programação Visual Mana Bernardes Trilha Sonora Pedro Bernardes Fotografia Mauro Khouri Assistente de Direção Juliana Betti Administração Financeira Lya Baptista
Paulo Betti apresentou neste último fim de semana seu monólogo autobiográfico, "Autobiografia Autorizada" para o público do #GAMBOAVISTA. Confira as fotos! Fotos: Vivian Balla
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 4 de abril de 2016
COLECÇÃO DE AMANTES
Colecção de Amantes é sobre encontros. Coleciono intimidades ficcionadas. Marco encontros em apartamentos desconhecidos com desconhecidos e durante uma hora ficcionamos uma intimidade de quem se conhece há vários anos. Entre o Rio de Janeiro, Lisboa e Ponta Delgada já somo 83 encontros, e a coleção quer-se infinita... Estes amantes são o elenco protagonista do espetáculo através do registo fotográfico destas sessões. Como colecionadora obsessiva, guardo estas pessoas como dados raros de uma coleção peculiar – a catalogação do efémero. Espetáculo com narrativas reais e ficcionadas do que esta coleção pode significar e projetar – porque, afinal o que se procura quando se encontra alguém?
Por Raquel André
Conceito e Direção Raquel André Criação e Espaço Cênico Bernardo de Almeida e Raquel André Colaboração Artística António Pedro Lopes Desenho de Luz Rui Monteiro Música NOISERV Sonoplastia Tiago Martins Produção Rafael Faustini Residência Artística Walk&Talk 2015 – Ponta Delgada, Citemor 2015 - Montemor-o-Velho Parceria Largo Residências, ZDB e BV90
Confira as fotos das 3 apresentações do emocionante espetáculo Colecção de Amantes - Raquel André no #GAMBOAVISTA5! Fotos: Vívian Balla
Publicado por Galpão Gamboa em Quarta, 13 de abril de 2016
LAIO & CRÍSIPO
Durante a pesquisa para Edypop (2014), nossa peça anterior, entramos em contato com a mitologia de Édipo. Foi nesse contexto que nos chamou a atenção a história de juventude de Laio, futuro pai de Édipo, e sua relação afetiva com o jovem Crísipo. Esse tema foi objeto de, ao menos, duas tragédias perdidas na história, escritas por Ésquilo e Eurípedes. Contemporaneamente, qual o interesse em abordar umas das primeiras narrativas da história do ocidente a mencionar uma relação homoafetiva? Sabemos a importância que as narrativas de Édipo têm sobre a formação de nossa cultura, mas por que quase ninguém menciona que o pai assassinado, Laio, teve em sua juventude uma arrebatadora paixão por Crísipo? O desejo de esquecimento e as tragédias perdidas também são matérias de nossa peça. Soma-se ainda ao casal-título da peça, Jocasta. Pensamos em um suposto triângulo amoroso mitológico vivido por Laio, Crísipo e Jocasta, que possivelmente enquanto disparador de uma narrativa não interessaria tanto aos gregos, mas que a nós, pós-modernos, interessa em muito. Esses três personagens encontram-se em um "inferninho de beira da estrada", mais precisamente , em uma boate de peep-show. Esse é o nosso ponto de vista contemporâneo sobre os três personagens clássicos. Nada mais vulgar.
Direção Marco André Nunes Texto Pedro Kosovski Com Carolina Ferman, Erom Cordeiro e Ravel Andrade Músicos em cena Felipe Storino e João Paulo Pereira Direção Musical Felipe Storino Direção de Movimento Marcia Rubin Figurino Marcelo Marques Iluminação Renato Machado Cenário Aurora dos Campos Realização Aquela Cia de Teatro
Neste sábado e domingo aconteceram as apresentações do *belo e envolvente* espetáculo Laio & Crísipo, da Aquela Cia de Teatro. Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Domingo, 17 de abril de 2016
JUVENAL, PITA E O VELOCÍPEDE
Juvenal e Pita. eram amigos inseparáveis e viveram grandes aventuras a bordo de um velocípede construído pelo tio dele. Um teatro foi o lugar escolhido por Pita para reencontrar o amigo de infância que ela não vê há 30 anos. Juvenal hoje tem cerca de 40 anos. Enquanto espera a amiga chegar no teatro, ele relembra diversas histórias dos tempos de criança: como ele recebeu o nome de Juvenal, o dia em que ganhou o velocípede do tio, a paixão pelo personagem japonês Ultraman, como ele conheceu a Pita, entre outras. No monólogo Juvenal, Pita e o velocípede, o ator Eduardo Almeida empresta as próprias lembranças da infância para contar as histórias do menino Juvenal.
Elenco Eduardo Almeida Direção Cadu Cinelli Dramaturgia Cleiton Echeveste Figurino e Cenário Daniele Geammal Iluminação Ricardo Lyra Jr. Direção Musical Rudi Garrido Direção de Movimento / Preparação Corporal Jan Macedo Visagismo Francisco Leite Produção André Roman e Eduardo Almeida Realização Pandorga Companhia de Teatro, Pita Produções e AR Produções
Sábado lindo na Gamboa. A criançada se divertiu com o Juvenal, a Pita e o Velocípede. Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Domingo, 24 de abril de 2016
MAMÃE
Marpe Facó, minha mãe, foi diagnosticada com um tumor cerebral que a levou ao óbito, cem dias após o seu diagnóstico. Não me atendo a uma realidade documental, escrevi o texto Mamãe, baseado num processo de criação que denominei "A Síntese do Relevante". A peça dá voz à Marta que, perdendo suas faculdades, começa a expandir sua consciência a limites inesperados. A partir do processo solitário de escrita, apresentei-me em dois festivais e, já nessa fase, pude trocar com o público sobre essa experiência. Foi depois dessas apresentações que convidei esse coletivo de artistas que tanto admiro. São pessoas que atravessam as obras em que se envolvem. O Cesar, a Bia e o Rodrigo Marçal, por exemplo, não conseguiriam fazer parte de uma peça sem que ela passasse a ser deles também. Depois da Marpe, já perdemos alguns amigos para a mesma doença. Há, sim, o desejo por entender como lidamos com esses momentos e a crença de que Marpe tinha uma visão de mundo relevante. Mas a peça não é mais só sobre ela. É sobre todas essas pessoas. E sobre quem a assiste também.
Texto e atuação Álamo Facó Direção Álamo Facó e Cesar Augusto Direção de produção Carlos Grun Direção de movimento Luciana Brites Direção Musical Rodrigo Marçal Cenário Bia Junqueira Luz Felipe Lourenço Trilha Sonora Álamo Facó e Rodrigo Marçal Direção Musical do Performer Lan Lanh Figurino Ticiana Passos Preparação Vocal Sonia Dumont Fotos Julio Andrade e Miguel Pinheiro Produção e Realização Bem Legal Produções e Álamo Facó Colaboração Artística Dandara Guerra, Fernando Eiras, Remo Trajano, Julio Andrade, Tamara Barreto, Lidoka Martuscelli, Andrucha Waddington, Lully Villar, Marina Viana, Victor Garcia Peralta, Cristina Flores e Renato Linhares
<3 <3 Sábado foi noite de casa cheia no Galpão Gamboa. Todo mundo bem juntinho nesse frio de outono para assistir o...
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 2 de maio de 2016
NELSON RODRIGUES POR ELE MESMO COM FERNANDA MONTENEGRO
Fernanda Montenegro apresenta leitura baseada na obra de Sonia Rodrigues, filha de Nelson Rodrigues, contando entrevistas e histórias particulares do dramaturgo.
Com Fernanda Montenegro
Pense num teatro cheio. Noite linda de quarta na Gamboa com Fernanda Montenegro lendo Nelson Rodrigues para uma platéia atenta e encantada. Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Quinta, 5 de maio de 2016
PROCESSO DE CONSCERTO DO DESEJO
Poucas palavras se confundem tanto em nossa língua quanto 'concerto' e 'conserto'. Aqui, elas se mesclam vertiginosamente. A palavra desejo, em filosofia, seria a tensão em direção a um fim de onde se espera satisfação. Tradicionalmente o desejo pressupõe carência, ou alguma forma de indigência: Um ser que não carecesse de nada, não desejaria nada. Seria um ser perfeito, um Deus. Por isso a filosofia, tantas vezes, considera o desejo como característica primeira do ser imperfeito, do ser finito. Quero consertar meu desejo com poesia, num concerto. Explico: minha Mãe, a poeta Maria Cecília Nachtergaele, faleceu quando eu era um bebê de três meses. Dela, me restaram seus poemas, lindos e maduros, escritos de uma jovem mulher moderna e triste, e essa veia que me marca a testa quando rio ou choro muito. Em Processo de Conscerto do Desejo, acompanhado pelos jovens músicos Luã Belik (violão) e por Henrique Rohrmann (violino), direi finalmente os poemas que guardei nos olhos e na alma como única herança dela. O espetáculo é simples assim: Um homem (que por acaso é um ator) diz no palco as palavras escritas por sua mãe. Um violão (não por acaso, pois Maria Cecília amava os violões) e um violino o companha. É só isso, se isso for pouco.
Por Matheus Nachtergaele
Textos Maria Cecília Nachtergaele Direção e Interpretação Matheus Nachtergaele Violão Luã Belik Violino Henrique Rohrmann Direção de Produção Miriam Juvino Produção Executiva Rafael Faustini Corpo Natasha Mesquita Voz Célio Rentroya Iluminação Orlando Schaider Brum Artes visuais Cláudio Portugal e Karina Abicalil Divulgação Silvana Cardoso / Passarim Comunicação Realização Pássaro da Noite Produções
Dias das mães <3 com Matheus Nachtergaele <3 na Gamboa <3 Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 9 de maio de 2016
PROJETO BRASIL
Projeto Brasil é o resultado de uma intensa programação de pesquisa por todo o país, que gerou um conjunto de performances. A criação coletiva que é o Projeto Brasil reflete o material recolhido pelos integrantes da companhia em circunstâncias variadas, desde as apresentações clássicas até seminários e experiências pelas ruas das cidades brasileiras. O resultado está entrelaçado nas sequências que apresentam desde falas do ex-presidente do Uruguai, José Mujica, e da ministra francesa, Christiane Taubira, até performances que incluem a participação do público.
São cenas independentes, em formatos diversos, que privilegiam ora a fala, ora a música, o corpo, a luz – como define Marcio Abreu, “discursos”. “É um conjunto bem heterogêneo que inclui palavra, performance, música, teatro. É mais sensorial do que narrativo; convoca, implica, provoca”. E esses artistas que se deixaram afetar pelos encontros com outros artistas brasileiros e com o público teatral, pela vivência espontânea, pelos materiais, pensamentos e ações produzidos nesse trajeto, trazem ao palco esse primeiro desdobramento da experiência. Não se trata de um retrato documental, mas sim da reverberação artística da experiência.
Direção Marcio Abreu Com Giovana Soar, Nadja Naira e Rodrigo Bolzan Músico Felipe Storino Dramaturgia Giovana Soar, Marcio Abreu, Nadja Naira, Rodrigo Bolzan Trilha e efeitos sonoros Felipe Storino Assistência de Direção Nadja Naira Direção de Movimento Marcia Rubin Orientação de texto e consultoria vocal Babaya Iluminação Nadja Naira e Beto Bruel Cenografia Fernando Marés Figurino Ticiana Passos Produção Executiva Isadora Flores Revisão de tradução Kysy Fischer Direção de Produção e Administração Cássia Damasceno Foto Marcelo Almeida Cenotécnica Anderson Quinsler
ESTAMOS INDO EMBORA
A ideia era fazer um projeto “pequeno e imenso”, realizado com o mínimo de recursos e pensado para falar sobre a devoração humana sobre os recursos da Terra. Havia um sentimento de urgência. Coisas fervilhando dentro e fora de — não só o aquecimento da Terra, mas também. Algo que falasse do agora.
“Estamos indo embora...” aborda a crise planetária climática e civilizacional que vivemos. Ela foca o presente e entrevê o futuro dessa crise, disparada desde que o homem contemporâneo — pós-industrial e capitalista, consumista e neoliberal — resolveu entrar em rota de colisão com a Terra — estamos alterando de modo cada vez mais acelerado o equilíbrio termodinâmico, a biodiversidade, o funcionamento e a paisagem do mundo.
Bem, aqui estamos nós. Com a missão de levar esse conflito à cena, a humanidade em choque com a Terra, e para isso reunindo pontos de vista discordantes e os apresentando em diferentes realidades cênicas e linguagens artísticas.
E é essa tentativa que se intitula “Estamos indo embora...”, esse algo que observo ainda meio cego, de dentro do magma da criação, e que reconheço, sobretudo, como nosso primeiro experimento cênico e polifônico, um exercício performativo que oscila entre o artístico e o científico.
Direção e dramaturgia Luiz Felipe Reis Com Julia Lund e Márcio Machado Interlocução artística /dramatúrgica Julia Lund Criação visual e projeções Júlio Parente Direção de movimento Luar Maria e Toni Rodrigues Direção musical e sonora Luiz Felipe Reis e Thiago Vivas Iluminação Alessandro Boschini Figurino Antônio Guedes Hairstylist Anderson Couto Make Gabriel Ramos Fotografia Leo Aversa Cenotécnicos Fernanda Tomás e José Baltazar Direção de Produção Sérgio Saboya / Galharufa Produções Produção Executiva Maria Albergaria Idealização, coprodução e realização Julia Lund e Luiz Felipe Reis / Polifônica Cia.
UMA ILÍADA
Para mim é uma satisfação imensa ter encontrado esse texto tão especial. Uma versão condensada da Ilíada de Homero, escrita de forma tão acessível e comunicativa para as platéias contemporâneas, mantendo a profundidade e a beleza poética do texto, numa tradução histórica de Geraldo Carneiro. Me interessei também por tentar investigar como essa obra, que tem três mil anos e é considerada o primeiro poema épico ocidental que chegou aos nossos dias, nos afeta ainda hoje por tocar em questões míticas do ser humano, como, por exemplo, a violência, a honra, a lealdade, o amor, a vingança, a ganância e a ferocidade humana. A necessidade infindável do homem de guerrear, conquistar e subjugar o seu semelhante.
Por Bruce Gomlevsky
Texto Lisa Peterson e Denis O'Hare Tradução Geraldo Carneiro Direção, interpretação e cenário Bruce Gomlevsky Trilha sonora original Mauro Berman Iluminação Elisa Tandeta Figurino Carol Lobato Direção de movimento Daniela Visco Assistente de direção Lorena Sá Ribeiro Fotos Dalton Valério Direção de Produção Carlos Grun/Bem Legal Produções Produção e Realização BG ArtEntretenimento Ltda
CARANGUEJO OVERDRIVE
Em setembro de 2014, no projeto Dulcinavista, de ocupação do Teatro Dulcina, fomos convidados a iniciar uma nova pesquisa artística e abrir ao público o processo criativo de uma obra ainda porvir. Dessa iniciativa, surgiu Caranguejo Overdrive. Por isso, é um grande prazer esse retorno, agora no projeto Gamboavista, onde apresentaremos essa obra com contornos mais definidos. Caranguejo propõe uma poética do mangue e tenta unir dois pontos distintos em um mesmo território: de um lado, Recife de Josué de Castro, Chico Science e Manguebeat e, do outro, Rio de Janeiro, final do século XIX e a construção do Canal do Mangue, primeira grande obra sanitária da cidade. Nosso mangue é um território performático onde, em meio a escassez de recursos, experimentamos a saturação de palavras, discursos, imagens, corpos, lama, tambores e guitarras. Hoje, em meio as transformações e feridas urbanísticas do Rio de Janeiro, talvez nos sintamos afundados na lama como nosso protagonista Cosme estava há praticamente um século e meio. Entretanto, é dessa mesma lama fértil que pode emergir potências, utopias e horizontes possíveis. Mangue!
Por Aquela Cia. de Teatro
Direção Marco André Nunes Texto Pedro Kosovski Com Carolina Virguez, Alex Nader, Eduardo Speroni, Fellipe Marques, Matheus Macena Músicos em cena Felipe Storino, Maurício Chiari, Samuel Vieira e Pedro Nêgo Direção Musical Felipe Storino Instalação Cênica Marco André Nunes Iluminação Renato Machado Ideia Original Maurício Chiari Realização Aquela Cia de Teatro
COLETIVO FALCÃO » NOVAS ISCAS
O Coletivo Falcão foi formado no ano de 2014 a partir do encontro de diversos artistas em torno de um exercício dramatúrgico proporcionado pelo projeto DNA - Dramaturgia Novos Autores, realizado pelo Galpão Gamboa na ocupação Dulcinavista, no Teatro Dulcina. Mediados pelos dramaturgos Daniela Pereira de Carvalho, Pedro Kosovski e Marco André Nunes, Walter Daguerre e Renata Mizrahi e coordenados por Fabiano de Freitas, os encontros tiveram duração de quatro meses e culminaram no espetáculo Iscas para amansar falcões, que ousou ao criar uma dramaturgia a 12 mãos sobre as transformações sociais do Rio de Janeiro ao longo dos anos, principalmente nas viradas de século, e ainda uma homenagem à atriz Dulcina de Moraes, numa ode ao próprio teatro.
Neste momento, o Coletivo Falcão se reúne para o seu segundo trabalho, apostando novamente no conceito do dramaturgo em cena, que é uma forma deste se expressar como o interlocutor de suas próprias palavras, e na ambientação do site specific, termo que indica a elaboração de uma obra de acordo com um espaço determinado. O coletivo dá continuidade a essa pesquisa e se aprofunda na criação dramatúrgica fragmentada, compartilhada e autoral. Novamente dirigidos por Fabiano de Freitas e com provocação dramatúrgica de Pedro Kosovski, o Coletivo Falcão aterrissa seu vôo em meio a concretos e obras no bairro da Gamboa, onde o Rio de Janeiro nasceu e para onde aponta-se como uma cidade antenada com o século XXI.
A residência artística no GAMBOAVISTA surge como oportunidade para a elaboração de uma dramaturgia específica para este momento de extremas mudanças em toda a Zona Portuária que, antes de se tornar maravilha, passou por anos e anos de caos, remanejamentos e transformações. O Coletivo Falcão apresenta Novas Iscas, trazendo para a Gamboa, Santo Cristo, Saúde, um retrato espelhado do que a região inspira através das suas palavras, sons, histórias e da sua gente.
Direção Fabiano de Freitas Provocação dramatúrgica Pedro Kosovski Coletivo Falcão Daniel de Jesus, Elio de Oliveira, Fabrício Branco, Flávia Coutinho, Ivar Rocha, Laura Nielsen, Lu Varello, Miguel Pinheiro, Monique Vaillé, Natália Régia, Pedro Uchoa e Zé Wendell
A SANTA JOANA DOS MATADOUROS
A Santa Joana dos Matadouros é um espetáculo que apresenta uma intervenção cênica e dramatúrgica no texto original de Bertolt Brecht. Idealizado por Marina Vianna e Luisa Arraes de modo a levar à cena a obra prima do grande dramaturgo alemão, a peça ganha nessa montagem uma leitura contemporânea. O espetáculo – dirigido por Marina Vianna e Diogo Liberano, que também assina a dramaturgia - conta com oito atores e um músico em cena. O uso amplificado das vozes e o jogo de ecos e ressôos recria dramaturgicamente as multidões presentes na peça, unindo a memória das emissões radiofônicas à ambientação sonora. A iluminação de Paulo César Medeiros constrói uma narrativa de aproximação e distanciamento do espectador. Convidada a participar da criação do espetáculo, Bia Junqueira desenvolveu uma dramaturgia visual e espacial que é determinante na estética da montagem. As imagens propostas pela direção de arte – vencedora do Prêmio Cesgranrio de Teatro na categoria Cenografia - transtornam os limites do que é humano e do que é animal, daquilo que é carne/ corpo e consciência.
Do original “Santa Joana dos Matadouros”, de Bertolt Brecht Direção Marina Vianna e Diogo Liberano Tradução Roberto Schwarz Dramaturgia Diogo Liberano Com Elisa Pinheiro, João Velho, Leonardo Netto, Sávio Mol, Vilma Melo, Adassa Martins, Leandro Santanna e Gunnar Borges Músico em cena Arthur Braganti Direção de arte Bia Junqueira Direção Musical Rodrigo Marçal e Arthur Braganti Direção de Movimento Laura Samy Iluminação Paulo César Medeiros Produção executiva Marcelo Mucida Direção de produção Ana Lelis Realização Moinho Produções Idealização Marina Vianna e LuisaArraes
#NÃORECOMENDADOS
Em meio à multiplicidade e complexidade do fazer música, as expressões coletivas são chave para construção e causa-efeito de uma idéia.
O encontro de Caio Prado, Diego Moraes e Daniel Chaudon é uma foto: "Não Recomendados" traz a soma de três vozes com timbragens peculiares, artistas com trabalhos originais, uma experiência musical / visual e personagens do alter-ego descompromissados com as estéticas. Com direção musical de Edu Capello, torna-se um espetáculo musical de uma convivência repleta de humor, acidez e amor, reunidos em releituras clássicas do pagode, axé, Gilberto Gil, Chico Buarque, às densas composições de Caio, a melancolia de Daniel e ironia de Diego.
Direção musical Edu Capello Músicos Henrique Torres e Jean Michell
Os recomendadíssimos NÃO RECOMENDADOS fizeram um show espetacular de encerramento do Gamboavista 5ª Edição. A nossa musa Simone Mazzer não poderia faltar! Fotos: Elisa Mendes
Publicado por Galpão Gamboa em Segunda, 20 de junho de 2016
KRUM
“O fim está no começo e, no entanto, continua-se”.
As palavras de Beckett descrevem com perfeição o princípio de Krum, do dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999), encenada pela 1ª vez no Brasil pela companhia brasileira de teatro, de Curitiba, sob a direção de Marcio Abreu. Este é o segundo projeto produzido a partir da parceria entre a atriz Renata Sorrah e a companhia brasileira de teatro, depois do sucesso de “Esta Criança” (2012), de Joël Pommerat.
O texto foi escrito nos anos 70 por Levin, na época um jovem autor influenciado por Tchekhov e Beckett, em um país recente e mergulhado em conflitos e contradições. Apenas em seu período (1943 -1999) foram sete guerras. Krum é uma peça com dois enterros e dois casamentos. Não existem grandes feitos, tudo é ordinário. Entre as cerimônias, há uma sequência de cenas curtas, o quadro da vida dos habitantes de um bairro remoto. “É uma peça sobre pessoas. O que está em jogo é a matéria humana. Habitam o mundo de Krum seres pequenos, sem pudor na palavra, vivendo sob um teto baixo. Há um olhar, ao mesmo tempo, cruel e generoso sobre vidas mínimas ou, como em Tchekhov, sobre o que existe de mínimo no ser humano”, destaca o diretor Marcio Abreu.
Texto Hanoch Levin Direção Marcio Abreu Com Cris Larin, Danilo Grangheia, Edson Rocha, Grace Passô, Inez Viana, Ranieri Gonzalez, Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan/ Rodrigo Andreolli e Rodrigo Ferrarini Tradução Giovana Soar Cenário Fernando Marés Trilha e efeitos sonoros Felipe Storino Figurino Ticiana Passos Fotos Nana Moraes Interlocução Artística Patrick Pessoa Direção de Produção Faliny Barros e Cássia Damasceno Produção Executiva Isadora Flores Criação e Realização Renata Sorrah Produções e companhia brasileira de teatro A montagem deste espetáculo foi patrocinada pela OI Futuro.
programa
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